Eleições a presidência da Venezuela ocorre hoje: 28/07/24

Nicolás Maduro
Concorrendo mais uma vez e em busca do seu terceiro mandato, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, enfrentará hoje o poder das urnas eletrônicas. Após tanto tempo no poder, os “chavistas” enfrentarão a eleição mais desafiadora da história em 25 anos.
Edmundo Gonzaléz Urrita
Escolhido como candidato de consenso pela coalização de oposição, após cassação de candidatura de María Corina Machado e sua substituta, a historiadora Corina Yoriso, uma acusada de fraude e a outra por não ter conseguido registrar sua candidatura, o ex-diplomata, de 72 anos de idade, com um perfil discreto, é o principal rival de Maduro e lidera as pesquias eleitorais, com uma margem de 50% enquanto maduro aponta ter 20% de intenções de votos. Aclamado como o restaurador do exôdo Venezuelano, Edmundo promete trazer de volta a dignidade humana ao seu povo.
Principais desafios na Venezuela em 2025
Quem for escolhido e eleito pelo povo terá uma jornada exorbitante para conseguir resolver os problemas da nação Venezuelana. Para especialistas, “não se trata de uma questão ideológica” .”Não é porque as pessoas rejeitam o socialismo ou são atraídas pelo conservadorismo de María Corina. O que elas desejam é ver um tipo de mudança que permita o retorno ao crescimento, a restauração da governança institucional e a recuperação da infraestrutura do país”. O país se encontra com problemas relacionados a:
- Inflação de dois digitos;
- Divida Elevada;
- Nível elevado de extrema pobreza;
- Uma série de sanções ainda impostas pelos EUA;
E depois?
Muito se questiona no mundo inteiro sobre o pós eleições: Maduro pode vencer as eleições sem fraude? Haverá protestos contra os resultados? Ele aceitaria uma possível derrota? Em caso afirmativo, como será feita a transição de poder? Os militares vão intervir? Qual será o papel de outros países?
Especialistas afirmam que a participação popular é de crucial importância, nessas eleições, segundo eles. “É muito mais difícil fraudar uma eleição quando a diferença de votos é grande. Além disso, a presença de observadores nacionais e internacionais, bem como a atenção da comunidade internacional, é crucial”, diz Dib, da WOLA. Gunson acrescenta: “O governo ainda acredita que pode vencer, conseguindo 6 milhões de votos a seu favor e impedindo que a oposição alcance um número semelhante de votos”.”No caso de uma vitória clara e esmagadora da oposição ratificada pelos monitores eleitorais, com as multidões indo às ruas, seria altamente arriscado para Maduro tentar permanecer no poder”, diz à BBC News Brasil Mark Feierstein, consultor sênior do Programa América Latina do think tank United States Institute of Peace, sediado em Washington DC. Gunson, da Crisis Group, lembra ainda que Maduro ainda governará a Venezuela até janeiro de 2025.”Maduro ainda será presidente e controlará todas as instituições principais, incluindo o parlamento, o Supremo Tribunal e as forças armadas. Mesmo enfraquecido internamente, ele poderá dificultar, se não impedir, a posse de Edmundo González e o governo do país”.”Uma transição para uma política mais normal exigirá negociações extensas entre os dois lados.”