O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs a destinação de R$ 1,3 trilhão para iniciativas climáticas em países em desenvolvimento até 2035.
A declaração foi feita durante os Diálogos Econômicos Brasil-França, em Paris, onde ele destacou a necessidade de cooperação internacional para enfrentar os desafios ambientais e econômicos.
Segundo Haddad, o Brasil precisará de investimentos adicionais entre US$ 130 bilhões e US$ 160 bilhões anuais na próxima década para garantir uma transição ecológica eficiente. Os recursos seriam aplicados em áreas como infraestrutura sustentável, energia renovável e mobilidade urbana.
O ministro ressaltou que esses investimentos não apenas impulsionariam a sustentabilidade ambiental, mas também poderiam gerar entre 7,5 milhões e 10 milhões de empregos nos setores de bioeconomia, agricultura e infraestrutura. Ele citou o histórico positivo do Brasil na mobilização de investimentos públicos em energias renováveis, como hidrelétricas e biocombustíveis.
Haddad também abordou a necessidade de romper com o modelo de exploração ambiental e promover um desenvolvimento que evite destruição ecológica e exclusão social. Ele defendeu que países do Sul Global não devem arcar sozinhos com os custos da crise climática, dado o histórico de exploração por nações desenvolvidas.
O governo já está implementando medidas como a criação de um mercado regulado de carbono, emissão de títulos soberanos sustentáveis e a revisão do Fundo Clima. A ideia é incentivar investimentos em tecnologia, qualificação da mão de obra e modernização da indústria brasileira.
A proposta reflete o compromisso do Brasil em equilibrar crescimento econômico com responsabilidade ambiental e justiça social.